Para que serve um líder?

Pode até parecer estranha essa pergunta, mas tenho certeza de que todos nós, em algum momento da vida laboral, já foi acometido ela. Principalmente quando parece que ter um líder mais atrapalha do que ajuda. Mas então, qual é a finalidade de um líder?

De forma ampla, um líder é o responsável por fornecer direção, inspirar e facilitar a conquista de objetivos, equilibrando metas de curto prazo e sustentabilidade de longo prazo, a fim de impulsionar a empresa para o sucesso. Além disso, cabe ao líder fomentar uma cultura de colaboração e respeito e um forte senso de justiça e equidade, visando o máximo desempenho e o desenvolvimento dos colaboradores.

Mas para entender como isso é feito, primeiro é preciso conceber as partes que compõem uma organização. Já faz algum tempo que ecoa no mundo do trabalho a frase “organizações são feitas de pessoas”. E de fato, é somente a partir do trabalho realizado por pessoas que uma empresa ou qualquer outro tipo de organização atinge seus objetivos. Porém não são pessoas simplesmente espalhadas por seus corredores e salas. Essas pessoas, em geral, são organizadas em grupos com os mais variados nomes, sejam equipes, setores, áreas, times, dentre outros.

E é aí que entre em cena o líder. Em um primeiro nível, ele é a ponte entre as demandas da empresa e as da equipe. Ou seja, é o responsável por traduzir as metas e objetivos da organização em metas e objetivos de sua equipe. Na via oposta cabe às lideranças, também, mediar os objetivos da equipe e influenciar a organização para que dê conta, guardadas proporções, de atender suas expectativas. Mas não é só isso. A equipe é composta por pessoas, certo? E nesse segundo nível o líder deve mediar as necessidades e expectativas individuais de cada um dos seus integrantes em relação às demandas e necessidades da equipe, bem como alinhar o direcionamento da equipe em função das demandas individuais de seus componentes. Em resumo, o líder funciona como uma ponte entre empresa e equipe, e entre equipe e indivíduo, tanto top-down quanto botton-up. É fazer perceber que, em maior ou menor escala, os objetivos individuais serão atingidos e estão inseridos no direcionamento da equipe e metas da organização, e vice-versa. Isso gera não apenas uma certa segurança psicológica, mas também fomenta um forte senso de unidade e sinergia dentro da equipe. O “eu” está contemplado no “nós”, e o “nós” é de fato um grande compêndio de vários “eus” e “vocês”. Em última instância, o exercício da liderança recai sobre a mediação de interesses, e seu papel central é entender e equilibrar as diversas necessidades e expectativas de diferentes partes interessadas, alinhando interesses e aspirações em prol de um bem comum.

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