Antes de mais nada, seja quem você é (parte 1)

Autenticidade é a qualidade, condição ou caráter de algo ou alguém que é indubitavelmente legítimo. É propriedade daquilo a que se pode atribuir fé como verdadeiro e genuíno. É adjetivo caracterizador daquilo que não deixa dúvidas, que não é falso, e por consequência legitimado em sua seara. Não é à toa que desde a Grécia antiga, filósofos como Sócrates já associavam a autenticidade como uma virtude intimamente ligada à liderança, enfatizando a importância de conhecer a si mesmo e viver de acordo com valores e princípios claros e bem definidos.

Acontece que nos últimos anos emergiu a ideia de uma Liderança Autêntica, não como uma escola de liderança ou estilo de condução de equipes, mas como uma condição necessária ao exercício da liderança. A Liderança Autêntica é uma abordagem na qual os líderes são verdadeiros consigo mesmos e com os outros, demonstrando consistência entre suas crenças, valores e ações. Isso resulta não só numa maior confiança e credibilidade por parte dos colaboradores, mas também junto às lideranças superiores, aos clientes e à sociedade.

Líderes autênticos conseguem inspirar e motivar suas equipes de uma maneira única. Ao agir de forma genuína e transparente, a liderança conquista o respeito e a lealdade dos colaboradores, levando a um maior engajamento e produtividade no trabalho. Não há, aqui, espaço para aquele medo de mostrar vulnerabilidade e admitir erros (e aprender com eles, logicamente). Ao invés disso, a experimentação, a exploração de novos caminhos e a busca ativa por melhores resultados são estimulados. Assim, ambientes conduzidos por líderes autênticos fazem com que os colaboradores se sintam mais encorajados a assumirem riscos calculados e a trabalharem em conjunto para alcançar objetivos comuns.

A autenticidade cria um ambiente de trabalho mais aberto e transparente, onde a comunicação é valorizada e todos se sentem mais à vontade para expressar suas ideias e preocupações. São fortalecidos o sentido de propósito e o significado atribuído ao trabalho, o que contribui para a retenção de talentos e a construção de uma cultura organizacional positiva. Mas então, por que é tão difícil encontrar lideranças realmente autênticas? E mais raro, ainda, vermos essa autenticidade nas lideranças intermediárias? Esse será o tema do nosso próximo artigo. Até lá!

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